Como ficam as viagens já marcadas frente ao avanço do vírus?
Desde o anúncio do começo da epidemia de Ebola em alguns países do continente africano, operadoras brasileiras e em outras partes do mundo reportaram os cancelamentos em massa de viagens para países como a África do Sul, por exemplo. As dúvidas de leitores sobre se devem ou não manter seus planos de viagem para países africanos e, agora, mais recentemente, para a Espanha, também não param de chegar via email e redes sociais. Agentes de viagens disseram na semana passada que viagens ao território espanhol também já começaram a ser canceladas por aqui.
Mas há razão para todo esse alarmismo no que se refere a viagens à África do Sul e Espanha? Na minha opinião, não. Lembram quando Bariloche e Buenos Aires ficaram às moscas durante a temporada de inverno em 2009 por causa da H1N1? É mais ou menos do mesmo tipo de alarmismo que estou falando.
As medidas de segurança (screening, com checagem de temperatura etc) aumentaram para passageiros em viagens com origem na Liberia, Serra Leoa e Guinea, três dos países que mais sofrem com o vírus, sobretudo em países europeus e nos EUA. Mas a maioria das companhias aéreas segue os protocolos da Organização Mundial da Saúde e continua operando seus voos normalmente até agora, inclusive para esses países.
Só que existe a grande tendência entre brasileiros e americanos de olhar para a África como um país e não um continente enorme, composto de vários deles, tão distintos entre si em tantos aspectos. Das 47 nações, somente seis reportaram casos de Ebola – e quatro concentradas na região oeste do continente. Na África do Sul e em Maurício, por exemplo, dois destinos bastante populares entre brasileiros (sobretudo em lua-de-mel) no continente africano, não houve ainda sequer alarmes sobre possíveis pacientes contaminados (ao contrário do Brasil, que teve na semana passada sua primeira suspeita).
A contaminação pelo Ebola, como a gente já está careca de ler e ouvir no notíciário, se dá exclusivamente através do contato direto com fluidos corporais de outra pessoa contaminada – sangue, vômito, urina etc. O vírus não se alastra através do ar. Portanto, não vai ser simplesmente viajando para um país que já noticiou algum caso da doença ou tomando um voo com, eventualmente, um passageiro contaminado, que você estará se escancarando para o Ebola. O assunto é sério e precauções devem ser tomadas, é claro, até que a epidemia – Deus queira – esteja sob controle. Mas, por enquanto, existem muitas outras doenças com as quais um viajante deveria se importar de verdade ao viajar para outros países – como a malária.
Se você tem viagem marcada para a Espanha, não deixe de ler o texto sobre o assunto feito pelos queridos Tony e Cecília do Espanha Total. Para entender melhor o vírus e a recente epidemia, vale ler o ótimo texto da Lucia Malla sobre o Ebola. O CDC – Centro de Controle e Prevenção de doenças americano – tem feito boletins diários voltados para viajantes também. E avalie com calma e cuidado, sem alarmismos exagerados, o destino que dará para suas viagens.
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Marizinha, acho que isto está acontecendo porque hoje em dia temos notícias em tempo real de qualquer parte do mundo, e a imprensa propaga muita notícia ruim.
Também acho que não há motivos para este alarmismo, a ponto de desmarcar viagem.
Lembro em 2009, comprei bilhete para Buenos Aires por R$230,00 ida e volta !
É isso aí, Majô. Muitos dos meus coleguinhas têm feito mesmo um desserviço neste sentido. Ponto pra quem, como nós, não se deixa contaminar pela má propaganda feita sempre pelas CNNs e BBCs da vida – também já peguei barbadas viajante homéricas por este tipo de alarmismo 🙂
Obrigada pela referência, Mari! 🙂