O belo hotel boutique no Chile que virou destino em si mesmo
Não preciso de pretextos para voltar à Patagônia chilena, vocês sabem. “Bato cartão” na região de Torres del Paine anualmente desde 2008 e continuo me encantando com a beleza arrebatadora do lugar até hoje. Mas voltar à Patagônia chilena norte, mais selvagem e ainda pouco explorada para o turismo, é algo que eu ainda não tinha feito – conheci Aysén em 2011 numa longa viagem pela Carretera Austral e não tinha ainda tido a chance de voltar. Por isso aceitei com prazer o convite para conhecer o novo Uman Lodge.
O Uman fica em Futaleufú, uma cidadezinha chilena tão ao norte da região patagônica que já alcança a fronteira com a região dos lagos (e a leste de onde começa a Carretera Austral), e abre agora para sua segunda temporada. Chegar lá não é fácil: o aeroporto mais próximo é Esquel, na Argentina, o que pressupõe voar do Brasil a Buenos Aires, amargar algumas horas de conexão, voar a Esquel e de lá mais duas horinhas de carro ao hotel, incluindo a passagem pela fronteira entre os dois países. Ou colocar o hotel no mapa de uma viagem de carro pelas regiões da Patagônia e Lagos, como muita gente tem feito, já que fica bem próximo à fronteira Chile/Argentina.
Na verdade, o Uman Lodge poderia ser um destino em si mesmo, já que não existem grandes ícones do turismo internacional ali por perto, bem off the beaten track. O lodge fica afastado do centrinho de Futeleufú, em meio a uma propriedade imensa, e instalado no topo (e na beirada) de uma colina, com uma vista escandalosa lá do alto, que inclui a confluência dos rios Futaleufú e Espolón. O design arrojado não fere, de nenhuma maneira, a paisagem do entorno; ao contrário: visto de longe, casa tão perfeitamente com a verdejante paisagem que não é fácil identifica-lo a olho nu pela primeira vez.
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São apenas 16 quartos no total (15 deles idênticos e uma suíte), numa propriedade que casa perfeitamente com o verdadeiro conceito de boutique em hospedagem. A decoração resume bem a proposta do Uman: ser, mais que tudo, um local de relax e contemplação. A área social, apesar de pequena, tem pé direito tão alto e tanta luz natural em diferentes ambientes – terraço aberto, imenso living room e bar – que a sensação de espaço é ampliada pela própria vastidão da paisagem do lado de fora.
O casal catalão Jose Maria Sanchez-Harguindey Sendra e Irene Battle Castañeda cuida pessoalmente de todos os detalhes durante a estadia de seus hóspedes, da programação de atividades ao restaurante. A gastronomia, aliás, é assunto seríssimo por ali: o Chef argentino (de herança francesa e coração patagônico) Lucas Trigos Foussadier se encarrega de liderar a equipe do restaurante com pratos de inspiração internacional e essência puramente regional – além dos ingredientes sempre locais, flores patagônicas costumam adornar seus pratos.
Os quartos estão instalados em uma sequência horizontal de dois andares, de modo que todos sejam contemplados com o mesmo panorama em suas janelas. Todos eles contam com mais de 50m2 de espaço, incluindo big cama, banheira e ducha separadas, quarto com área de living, janelas do teto ao chão e um adorável balcão com vista para as montanhas (e cujas árvores logo em frente garantem a privacidade). Falta só água cortesia na abertura das camas à noite. E tem free wifi no hotel todo.
As facilidades incluem também uma adega, um mini spa (com direito a uma única sala de massagem, mas uma massagista ubber talentosa) e um Fitness & Wellness Center, com academia, piscina térmica interna, piscina e jacuzzi externas, sauna e hamman.
As atividades diárias disponíveis incluem geralmente trekking a diferentes pontos dos arredores (como a que leva à Piedra del Aguila) mas podem incluir também curtir as “prainhas” formadas às margens do rio Futaleufú, mountain bike e agriturismo. Nos arredores, uma lagoa oferece aos hóspedes a chance de praticar tirolesa (vários trechos), arvorismo e caiaque.
Dentre outras atividades não incluídas, dá pra passar “um dia no campo” numa das muitas estâncias dos arredores e também é possível praticar fly fishing e, se for verão, a região é famosa por seu rafting. E a minúscula Futaleufú também vale, é claro, uma visita ao seu centrinho de casas de madeira colorida.
Do grande terraço social, se tem a vista mais bonita que eu já vi num hotel – bati cartão ali todo santo dia de manhã cedo, final de tarde e fim de noite, sem me cansar. Da estrutura interna à paisagem que o rodeia, o Uman é o tipo de hotel perfeito para uma escapada romântica (a propriedade não aceita crianças pequenas).
Cada um faz ali seu próprio tempo e regras: o hóspede pode passar o dia todo sem sair do lodge, se quiser, ou explorar com calma e suaves caminhadas a bucólica fazenda onde se encontra ou, ainda, dar toques de aventura à escapada com trekkings mais puxados, tirolesa e rafting. E o sistema de hospedagem também é bem flexível, com opções bed&breakfast, meia pensão e pensão completa (bebidas sempre à parte).
Gostei muito, muito mesmo. Serviço caprichado em todos os níveis, beleza, conforto, tudo junto e misturado. Um dos hotéis que mais me surpreendeu nos últimos tempos.
Infos sobre tarifas aqui.
Para ler mais sobre a Patagônia Chilena, clique aqui.
P.S: na volta, amargamos um atraso sem precedentes para sair de Esquel e só chegamos de volta ao Brasil no dia seguinte. Se você for mesmo chegar e sair por Esquel, vale ter atenção redobrada: algumas pessoas nos disseram no aeroporto de Esqueli que atrasos e cancelamentos de voo ali andam frequentes, então fica a dica da Mari: não marque o voo de volta para seu último dia de férias. Se puder, marque para a véspera, por garantia.
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Oh! cómo me gusta ese lugar! Ese hotel es magnífico y no sólo por el paisaje deslumbrante que rodea al hotel, también por su arquitectura simple, elegante, cálida y espectacular. Como dice usted, Mari, el hotel bien vale el viaje…. Ah! y además tiene piscina cubierta. Una gozada! Beleza!!! ( yo quiero, plis!)
Seguro te encantaria, Carmen 😉
MORRI com esse seu texto!!! E a época, Mari? Bom pra ir no Outono também? Meus planos de viagem pra Patagônia até fim do verão estão ficando comprometidos pra 2015… 🙁 Quase certo que só poderei ir em abril!!
Adri, não precisa ser no verão, não. Particularmente, acho até que o outono é a época em que a Patagônia Chilena fica mais exuberante, com os tons verdes misturados ao ocre, uma lindeza. O único senão é que o Uman fecha para a temporada de inverno, então é legal confirmar com eles até exatamente que datas estarão abertos em 2015 antes de fazer seus planos 😉
Amei!!!!!!!!
Aquela mesa ali ao ar livre me deu uma vontade de estar lá agora mesmo. Mas as vistas… Ah as vistas… Lindo demais!
Dany Colares
http://www.feriadopessoal.com
Uau, Mari, que hotelaço! Realmente, como você disse, é um destino por si só. Um dia ainda conheço essa região. Mas por enquanto, fico explorando-a com seus olhos.
Abraço!