Luxor: Templo de Hatshepsut e o Colosso de Memnon

Depois de visitar o Vale dos Reis e, brevemente, o Vale das Rainhas, continuamos no nosso tour em direção ao Templo de Hatshepsut.
O templo, que se ergue literalmente no deserto em diversos terraços, rodeado por imensos rochedos, era dedicado à rainha Hatshepsut, a única faraó mulher do Egito antigo, e, de alguma maneira, parece extremamente natural em meio àquela paisagem.

 Hatshepsut representou um período relativamente próspero na economia egípcia. Casou com seu meio-irmão ainda adolescente e, após a morte do marido, assumiu o poder como regente até a maioridade do sucessor Tutmés III. Mais tarde virou faraó, recorrendo a um mito que fazia de si mesma filha de Amon-Rá (esse “nascimento” está relatado nas paredes de sua tumba). Espertinha, Hatshepsut reinou por 22 anos e só deixou o poder por ocasião de sua morte, aos quase quarenta anos.

 Com toda a polêmica, seu nome foi suprimido das principais listagens de reis do Egito Antigo e, por isso mesmo, só se “descobriu” sua existência em estudos já em meados do século XIX. Por todo o tempo em que foi faraó, ela não se casou de novo; mas há rumores que Senemut, um dos oficiais de seu exército, fosse seu companheiro (além de preceptor de sua filha), o que explica sua representação em algumas estátuas no templo (chamado localmente de Al-Deir Al-Bahari (entrada de 30 libras egípcias).

 Nas paredes há representações diversas da rainha em seu dia-a-dia, inclusive uma que a mostra numa figura obesa, algo absolutamente não usual na arte egípcia. Mas a maioria a exibe sem seios e com a barba postiça típica dos faraós. No local (o templo está encostado numa das falésias do Vale dos Reis e Rainhas) algumas equipes trabalham full time em escavações e pesquisas.

 A última paradinha, e essa só para fotografar mesmo, antes de voltarmos ao barco, foi no Colosso de Memnon. Já mais próximo do Nilo, era conhecido na época grega como um local mal-assombrado, de vozes assustadoras ao crepúsculo.
O local reúne duas estátuas imensas do faraó Amenófis III (de quase 20m de altura cada e com símbolos da união do alto e do baixo Egito, entre outras referências) que seriam gaurdiãs de seu próprio templo funerário. Ali, ao que consta, existia um templo que acabou sendo destruído pelas subsequentes inundações do Nilo.

O tour tinha sido longo e terminava ali. Mas ainda tínhamos muito mais coisa para ver em Luxor.

2 Comentários

  1. Certamente, me impressionou todas as imagens do templo. É um lugar fantástico. Cheio de mistério no meio de uma paisagem desértica. É incrível como as pessoas pode transformar o seu entorno (ambiente?). Além disso, me intriga a força do home e também, surpreende-me o poder do homem de inventar, projetar e criar um mundo em torno dele.
    Bjs
    Carmen L.

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