O Templo de Edfu em visita noturna

 Edfu, que também aparece em alguns livros antigos de história como Behedet, fica na margem ocidental do Nilo e é ali que fica o imenso Templo de Edfu, dedicado a Hórus. É considerado hoje o maior e mais bem preservado templo faraônico de todo o Egito, já que Edfu estabeleceu-se numa posição geográfica estratégica que acabou salvando a cidade da maioria das inundações do Nilo.

 Desembarcamos do navio no píer particular e fomos levados ao templo numa verdadeira procissão de charretes, como conto nesse post aqui. Foi curioso ver o templo aparecendo ao nosso lado esquerdo enquanto do lado direito das ruas as casas são super contemporâneas.

 Estima-se que tenha sido construído entre 237 e 57 a.C e, durante o período greco-romano, era chamado também de Apollonopolis Magna (Horus/Apolo). As inscrições impressas em suas paredes acabaram fornecendo informações importantes sobre a linguagem, os mitos e a religião durante esse período no Egito.

 Reliquias de um pequeno templo que existia anteriormente no local ainda podem ser vistas e o Ehad, nosso guia no cruzeiro, nos deu longas explicações sobre processo de construção, adoração etc, enquanto o céu do final de tarde virava noite e as luzes no templo se acendiam mais e mais (a visita noturna funciona desde 2006).

 Ao longo dos séculos, o templo chegou a ficar enterrado por doze metros pelas areias do deserto e camadas de sedimentação depositadas pelo Nilo e algumas casas chegaram a ser construídas exatamente em cima dos antigos níveis do templo (o templo só foi identificado por uma expedição científica quase em 1800 e, então, “retirado” das areais quase intacto).

Dizem que o Templo de Edfu (entrada = 50 libras egípcias) deixou profundas influências na arquitetura britânica e que suas colunas serviram de inspiração para templos e outras construções em Leeds, por exemplo.

2 Comentários

  1. Marizinha, belíssimo o templo de Edfu ! As fotos são de babar 🙂
    Para montar viagem ao Egito é só seguir seu roteiro 😉
    BTW, Piazza Armerina, na Sicilia, também estava coberta de terra até o século passado, e por isto seus mosaicos ficaram preservados.

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