O que levar em consideração na hora de planejar os custos das nossas viagens durante a pandemia
No começo da segunda quinzena de dezembro, fiz um post no meu Instagram alertando para os custos de viagens feitas na pandemia. Porque além da necessidade de sermos EXTREMAMENTE responsáveis em cada passo para evitar os possíveis riscos para a saúde, é importante considerar os riscos financeiros envolvidos ao optar por uma viagem nesta época. Principalmente se o destino da viagem for fora do Brasil.
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Afinal, com a segunda onda na Europa e o novo aumento de casos por aqui, temos visto que fronteiras – como previsto – podem abrir e fechar o tempo todo, alguns voos voltaram a ser cancelados com preocupante frequência, cidades podem decretar seu próprio lockdown temporário (mesmo no Brasil). Teve gente que comprou viagem para as festas de final do ano na Argentina e o país fechou as fronteiras para o Brasil bem às vésperas do Natal.
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Procure sempre flexibilidade
Aquela lição que aprendemos láaaaa em março sobre ter conhecimento TOTAL das regras de cancelamento e adiamento/remarcação de todos os serviços envolvidos nas suas viagens é mais do que nunca fundamental. É preciso conhecer certinho, e em detalhes, não apenas o preço de serviços de viagem (voos, estadias, passeios, transfers, seguros etc) como saber quais os custos/condições para cancelar, adiar ou remarcar cada um deles.
Viajar com um bom seguro saúde, que sempre foi fundamental, agora é absolutamente essencial. É preciso conhecer direitinho quais seguros estão de fato cobrindo tratamento e internações em caso de Covid-19, além de diversos outros detalhes de cobertura.
É preciso lembrar também que, para alguns destinos abertos a brasileiros, o turista pode ter que fazer até quatro testes de Covid-19 em uma mesma viagem (sobretudo agora com a obrigatoriedade do teste para voltar ao Brasil, que passa a valer no final de dezembro) – arcando ele mesmo com os custos dos testes todos na maioria dos casos.
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Pense em investimento de risco
Às vezes a tentação de comprar as inúmeras ofertas de passagens aéreas, estadias ou até mesmo cruzeiros que andam pipocando nas nossas redes sociais é mesmo grande. E algumas promoções são mesmo excelentes, permitindo estadias até o final de 2021 em alguns casos. Mas, mais uma vez: é preciso avaliar sempre custos e riscos.
Felizmente, desde o começo da pandemia, boa parte dos hotéis e companhias aéreas começaram a adotar políticas muito mais “amigáveis” de cancelamento. Mas é preciso manter olho vivo para cada detalhe. Ainda existem muitas variações de políticas de cancelamento nas plataformas de aluguel de temporada. No caso de qualquer produto ou serviço contratado durante a pandemia, vale sempre perguntar: “se eu cancelar, recebo o valor de volta? Quanto? Em dinheiro ou em créditos para outra viagem?”. Pergunte, sempre.
Clique aqui para ler sobre aluguel de temporada na pandemia.
Fazer a si mesmo a pergunta “Quanto isso vai me custar se eu não puder fazer essa viagem?” antes de bater o martelo é importante. É assim que a gente pensa com investimento de risco. Troque ideias com seu agente de viagens. Procure por termos flexíveis para eventuais necessidades de cancelamento/adiamento. Se for ok perder aquele valor, beleza. Ou se os valores para cancelar/remarcar/adiar forem muito pequenos, talvez você também ache ok.
Há de fato boas ofertas com cancelamento grátis em andamento, que são o melhor cenário possível. Inclusive se reservar hospedagem através de consolidadores como o Booking, procure sempre pelas reservas sem custos de cancelamento. Mas se a oferta incluir altos custos ou grandes dificuldades para cancelar/adiar/remarcar, é melhor repensar essa ideia.
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Fronteiras e vacinação
Vale considerar também que muitos países já começaram agora seus processos de vacinação contra a Covid-19 e nós ainda não temos nenhum plano efetivo sobre isso por aqui. Não temos sequer seringas! Assim, muitos destinos internacionais podem não se abrir para os brasileiros quando levantarem as fronteiras novamente e exigirem comprovante de vacinação contra a Covid-19 (assim como sempre existiu para a vacina da febre amarela em tantos lugares, por exemplo). E esse é um ponto importantíssimo!
É por isso também que muitos especialistas financeiros têm sugerido considerar preferencialmente as promoções e ofertas de viagem focadas do segundo semestre de 2021 em diante.
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O que fazer com pontos e milhas?
Diversos especialistas têm também recomendado fazer uso de pontos e milhas dos programas de fidelidade de companhias aéreas e hotéis. Assim, você pode evitar gastar dinheiro efetivamente e raramente irá perder estes pontos/milhas se tiver que cancelar a viagem (a maioria das grandes companhias aéreas está permitindo atualmente a devolução de pontos/milhas em caso de cancelamento).
Leia mais sobre programas de fidelidade.
Alguns especialistas alertam também que mudanças nos programas de fidelidade das companhias aéreas e redes hoteleiras devem acontecer quando o cenário turístico começar a melhorar de fato, inflacionando a quantidade de pontos/milhas necessários para emitir bilhetes-prêmio e noites de estadia.
Brian Kelly, o criador do The Points Guy (pioneiro dos blogs e sites sobre aviação e programas de fidelidade, copiado por diferentes blogs brasileiros) afirmou recentemente em matéria no New York Times que prevê aumento da quantidade de pontos necessários para um voo (inclusive em razão da procura) a partir do próximo verão no hemisfério norte. Então se a promoção envolver apenas o uso de pontos/milhas que você pode receber de volta integralmente em caso de cancelamento, este sim é o melhor cenário.
Brian também recomenda pagar por serviços do turismo em geral (hotéis, passagens aéreas, tours etc) sempre com cartão do crédito, já que esse tipo de pagamento oferece certa proteção financeira (embora o processo seja longo) caso a empresa em questão decrete falência, por exemplo. E lembra que muitos cartões de crédito também incluem também diversas coberturas atreladas (contra cancelamentos, extravios etc).
ps. Lembre-se que, caso suas milhas/pontos estiverem próximos do vencimento e você não pretender usa-los para viajar, é geralmente possível troca-los por produtos variados e doa-los (como dinheiro) a entidades assistenciais e ONGs.
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Clique aqui para ler tudo o que já foi publicado sobre viagens e pandemia aqui no blog.
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