Como é fazer safári no Serengeti e outros cantos da Tanzânia, incluindo o incrível lodge Nimali Mara
No finalzinho de 2019, rumei novamente para a África para outra viagem inteirinha de safáris, como vários de vocês acompanharam no meu instagram. A viagem fentre o Quênia e a Tanzânia foi incrível, com belíssimas experiências de safári em algumas das regiões com melhores avistamentos de felinos e elefantes do planeta.
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Combinar a Tanzânia com o Quênia na mesma viagem é uma tremenda pedida. Os dois países são próximos e com burocracias de entrada muito simplificadas, com vistos na chegada. Dá para colocar bem numa mesma viagem a capital queniana Nairóbi, dias de safári no Quênia e na Tanzânia, e depois uns belos dias de praias paradisíacas em Zanzibar.
Agora que o destino reabriu para brasileiros, muita gente tem me pedido para dar mais detalhes da minha última viagem aqui. Na Tanzânia passei a maior parte da viagem em safáris no Parque Nacional Serengeti, a grande estrela do turismo no país. E fiquei hospedada somente em camps e lodges 100% sustentáveis, inteiramente focados em preservação e conservação da vida selvagem, o que recomendo MUITO.
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LEIA MAIS sobre safáris aqui no blog.
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Como chegar
Não há voos diretos do Brasil à Tanzânia. O caminho mais curto para os brasileiros é voar via África do Sul ou via Etiopia. Como eu viajei antes pelo Quênia (minhas passagens internacionais eram para lá), voei de Nairobi ao aeroporto internacional Kilimanjaro (são voos curtinhos de companhias aéreas locais como Safarilink e Precision Air) e dali rumei para os camps.
O aeroporto internacional Kilimanjaro costuma ser mesmo a porta de entrada da maioria dos turistas no país. Dali é possível seguir em carro ou aviõezinhos para os parques nacionais. Vale saber que há rígidos controles de velocidade nas estradas na Tanzânia e as viagens de carro podem ser bastaaaante longas.
Para dar uma ideia, do aeroporto internacional de Kilimanjaro são cerca de 4 horas de carro até Tarangire ou Ngorongoro. Para o Serengeti, dadas as grandes distâncias, é mais recomendável voar diretamente à pista de pouso mais próxima do lodge ou camp no qual você ficará hospedado.
Quem organizou todos os detalhes locais da minha viagem (transfers terrestres, reservas, voos locais) foi a ótima operadora africana Gamewatchers Safaris, cujos serviços são revendidos por diversas agências de viagem e operadoras de turismo brasileiras.
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Vistos e vacinas
É preciso comprar o visto de entrada na Tanzânia, diretamente na chegada, ao custo de US$50 por pessoa para estadias de até 30 dias. É obrigatória também a apresentação do certificado internacional de vacinação contra a febre amarela nos dois destinos.
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Quando viajar
As melhores épocas para viajar para fazer safáris na Tanzânia são Janeiro e Fevereiro e de Junho até começo de outubro (que coincide em parte também com a Grande Migração). Mas há variações interessantes também, inclusive dentro do próprio Serengeti (que é enorme!): o inverno costuma ter melhores avistamentos na região sul e o verão costuma ter mais avistamentos nas porções norte e oeste do parque.
Abril e maio costumam ser os piores meses por chover muito (alguns camps e lodges inclusive fecham nesta época. Eu fui no começo de dezembro e peguei chuva em alguns dias, mas safáris excelentes no geral. As temperaturas são mais ou menos constantes (e quentinhas) durante o dia, podendo esfriar um tico à noite – e costumam ser um pouco mais frescas na região da cratera do Ngorongoro pela altitude.
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Onde fazer safáris
Os principais destinos de safári na Tanzânia são os parques nacionais Serengeti, Tarangire (repleto de comunidades maasai nos arredores), Lake Manyara, Arusha e a região da incrível cratera do vulcão Ngorongoro (protegida pela UNESCO).
As planícies do Parque Nacional Serengeti, Patrimônio da Humanidade, são consideradas por especialistas um dos melhores lugares do mundo para avistamento de vida selvagem. Além das planícies, a porção norte do parque é repleta também de colinas incríveis de pura rocha, vira e mexe feitas de “casa” por leões.
O Serengeti abriga a maior migração de mamíferos do mundo e tem mais de 1.5 milhão de hectares repletos de uma fartura impressionante de espécies de vida selvagem. A famosa Grande Migração inclui o “trânsito” de mais de um milhão de gnus e mais de 250mil zebras, dentre diversas outras espécies.
São mais de 3 mil leões vivendo em suas savanas. Avistamentos dos big 5 são incrivelmente frequentes ali (embora, como sempre, os leopardos sejam os mais raramente vistos). Gnus, impalas, girafas, hipopótamos também são vistos em abundância.
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Onde ficar
Fiquei hospedada nesta última viagem para lá nos camps do grupo Nimali Africa. O Nimali Africa é um pequeno grupo local com três camps em três pontos diferentes do país: dois em porções distintas do Parque Nacional do Serengeti (Nimali Mara, já quase na divisa com Maasai Mara, no Quênia, e Nimali Central, na porção central do parque) e um nos arredores do Parque Nacional Tarangire (Nimali Tarangire). Ficar em camps do mesmo grupo me permitiu ter todos os deslocamentos muito facilmente coordenados.
Os camps da Nimali são todos com pouquíssimos quartos (máximo de dez unidades apenas), todos em formato tenda 100% sustentáveis e cheios de conforto. Cada tenda é praticamente um quarto de hotel, incluindo enormes camas king, banheiros completos com pias duplas e box, amenidades caprichadas e roupões e roupas de cama e banho excelentes.
As tendas também têm sempre facilidades para carregar equipamentos e wifi de boa qualidade. O Nimali Mara tem até telefones nas tendas (uma raridade em safari camps).
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De manhãzinha, a gente é acordado por alguém do staff com café fresquinho (ou chá) e biscoitos, na hora que pedir. E os horários dos safáris geralmente são acertados com os hóspedes na véspera, com bastante maleabilidade. Gostei bastante de todos, ótimo serviço tanto nos safáris quanto nos lodges em si. Mas se você só tiver duas ou três noites disponíveis para safári, recomendo especialmente o ESPETACULAR Nimali Mara, o mais novo e caprichado deles, com vista para as savanas do Serengeti até da banheira <3
CLIQUE AQUI para conferir detalhes sobre o novo Nimali Mara na Tanzânia.
Todos os camps contam com serviço tudo incluído: dois safáris diários, todas as refeições (que achei muito boas) e bebidas e até lavanderia! A lavanderia incluída é especialmente importante ao fazer safári, já que as bagagens permitidas em aviões de pequeno porte costumam ser reduzidas e as roupas que usamos nos safáris podem ficar bastante sujas (poeira, chuva etc).
Os camps Nimali operam com energia solar, cozinha sustentável e a maioria do staff vinda das comunidades locais, além de desenvolveram diversas medidas voltadas para preservação e conservação de vida selvagem. Não possuem cercas separando a propriedade das reservas e parques nos quais estão inseridos.
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OI Mari!!! Que delícia de viagem!! Eu e minha família, pretendemos viajar para essa região. Fiquei com algumas dúvidas. Quando estivemos na África do Sul escolhemos uma reserva privada chamada SHAMWARI. Ficamos três noites em um dos lodges do grupo e foi sensacional. A cada dia eram dois safaris um na madrugada e outro no fim do dia. Tudo isso, com o próprio pessoal do hotel os valores estavam incluídos no preço da diária. Agora lendo seu post da Tanzânia percebi que no Serengeti vc ficou em três lodges diferentes. Isso é necessário? Como funciona a bagagem entre um lodge e outro? E os safaris podem ser contratados junto com a diária? Ou é necessário contratar empresa especializada?
Oi, Claudia! Todos esses hotéis nos quais fiquei, como mencionei no post, eram em sistema tudo incluído. Ou seja: refeições, bebidas, dois safáris diários e até a lavanderia estão incluídos nas diárias. Jamais recomendaria, em destino nenhum, em um lodge que não oferece seus próprios safáris! Sempre mais prático e confiável fazer tudo com a mesma equipe. Não é NECESSÁRIO ficar em mais de um lodge na Tanzânia, na África do Sul ou em qualquer outro país fértil em safáris (como Botsuana, Zimbabue, Quênia etc). Mas como te comentei quando você me fez essa pergunta no instagram, cada área de um país tem uma determinada geografia e, portanto, tem paisagens diferentes e atrai diferentes espécies selvagens. Viajar para qualquer um desses países esperando encontrar a mesma coisa em todo lugar seria como um gringo vir para o Brasil e achar que vai encontrar os mesmos cenários e animais no Pantanal, na Amazônia e na Costa do Dendê :))))) Mesmo na Amazônia os cenários são bastante diferentes dependendo de onde você se hospeda.
Ficar em mais de uma reserva, concessão ou região de um mesmo país nos dá a chance de conhecer mais do país, seus diferentes cenários, diferentes costumes regionais e, claro, ver muito mais variedade de vida selvagem. O próprio Serengeti é muito grande e tem geografia bem diversa em suas diferentes regiões e, por isso mesmo, atrai mais ou menos diferentes espécies em cada uma delas. O Serengeti norte é bastante diferente do Serengeti Central, por exemplo. Outras áreas famosas de safári na Tanzânia, como Tarangire e Ngorongoro, também são muito diferentes entre si, com paisagens extremamente diferentes, concentrações de espécies diferentes. Você não PRECISA visitar regiões diferentes se não quiser, assim como um turista não PRECISA visitar Pantanal e Amazônia na mesma viagem. Mas concorda que são destinos MUITO diferentes entre si? 🙂 Depende muito do tipo de viagem que você quer fazer.
Se você vai conhecer outros cantos (você comentou que quer Zanzibar nesta mesma viagem, certo?) e só tem duas ou três noites para fazer safári, daí sem dúvidas é melhor ficar o tempo todo no mesmo lodge. Nesse caso, não teria mesmo porque perder tempo com deslocamentos para tão poucos dias. Com duas ou três noites num lodge você já pode fazer (em geral) de 4 a 6 saídas em game drive/safáris, o que já te dá oportunidades incríveis de avistamento de vida selvagem! Fique tranquila 🙂
Nesta viagem específica à Tanzânia no final do ano passado eu SÓ queria fazer safári, então passei todos os meus dias fazendo isso. Já fiz isso em algumas das viagens à África do Sul, Quênia e Botsuana – passar oito, dez, doze, quinze dias só fazendo safáris, então com tempo suficiente programado para visitar diferentes regiões para isso.
Sobre como deslocar você e sua mala entre os diferentes lodges: depende dos lodges que você escolher. No caso DESTA minha viagem do ano passado, me desloquei em transfer terrestre do Kilimanjaro ao Tarangire, de avião e transfer terrestre entre Tarangire e o Serengeti (pela distância), e depois somente com transfer terrestre entre os diferentes lodges do Serengeti (e voei de volta do Serengeti ao Kilimanjaro, por causa da distância, é claro). A operadora que eu usei é, é claro, a que cito no post (Gamewatchers Safaris) e eles foram realmente ótimos em toda essa logística.
Sobre a mala: eu fiz os 15 dias de viagem todos com a mesma bagagem, porque estava dentro do limite de peso dos voos internos que eu tinha reservado (15kg). A tarefa foi fácil com a lavanderia incluída nos lodges 🙂 Se você por acaso viajar com bagagem maior ou mais pesada, pode fazer como deve ter feito na sua viagem pela África do Sul: deixa-la no locker do aeroporto internacional e fazer os voos da parte de safári com uma mala menor, só com o que você precisa para os dias de safári mesmo.
Você vai amar a sua viagem <3
Oi Mari, quanta informação, obrigada por esse conteúdo rico!
Quero ir em 2022 , faria 2 dias de Safari, depois Zanzibar , minha dúvida é : como voar d Serengeti a zanzibar ? Consigo comprar essas passagens em que cia?
Procurei e nenhuma informação
obrigada desde já 🙂
Oi Mari, quanta informação, obrigada por esse conteúdo rico!
Quero ir em 2022 , faria 2 dias de Safari, depois Zanzibar , minha dúvida é : como voar d Serengeti a zanzibar ? Consigo comprar essas passagens em que cia?
Procurei e nenhuma informação
obrigada
Oi Mari, quanta informação, obrigada por esse conteúdo!
Quero ir em 2022 , faria 2 dias de Safari, depois Zanzibar , minha dúvida é : como voar de Serengueti a zanzibar ? Consigo comprar essas passagens em que cia?
Procurei e nenhuma informação
obrigada
Oi, Nathalia! Serengeti a Zanzibar é uma rota muito frequentemente feita por turistas; mas não é simples comprar de maneira independente, não. O ideal é você pedir ao seu agente de viagens para compra-la, porque geralmente envolve pelo menos uma conexão, e usando quase sempre aeronaves de pequeno porte. Se você fizer questão de viajar de maneira independente, peça para um dos seus hotéis – ou o do Serengeti, ou o de Zanzibar – comprar esse trecho aéreo pra você.
Olá, obrigado pelas dicas em seu site. Estou planejando ir com minhas filhas de 17 e 15 anos para um Safari na África em Fevereiro/23.Planejamos passar uns 10 dias na viagem. Minha dúvida é qual o melhor local considerando (1) a data (Fevereiro), (2) que seja interessante para adolescentes não para crianças pequenas ou casais e (3) tenha outras atividades além do Safari para encaixar na mesma viagem. O que você recomenda? Obrigado
Eduardo, acho que qualquer um dos países com oferta de bons safáris africanos têm atividades e atrações suficientes para visitantes adolescentes e adultos. Namíbia, Botsuana, Quênia, África do Sul, Tanzânia… todos têm muita coisa legal para ver e fazer. Acho pessoalmente África do Sul, Quênia e Tanzânia os mais redondinhos para viajar em família.